Síndrome do Pânico

Frequentemente, constato que muitas pessoas nos procuram com queixas de sintomas que se expressam no corpo. A síndrome do pânico está entre os relatos mais recorrentes nas pessoas que chegam à busca de ajuda.

Embora a síndrome do pânico se apresente como se fosse uma novidade na clínica, ela na realidade foi uma doença descrita por Sigmund Freud como neurose de angústia no início do século XX. Entre o que se apresenta atualmente como “síndrome do contemporâneo” e aquilo já acompanhávamos em nossa prática clínica como neurose de angústia, o que não podemos deixar de considerar é que a síndrome do pânico se caracteriza como uma experiência corporal imediata de morte iminente. O corpo atua como um palco onde o sofrimento é encenado.

Não é a toa que no contemporâneo o estresse se torna uma das explicações para as causas da síndrome do pânico. Surge uma multiplicidade de pesquisas cientificas com o intuito de esclarecer o que nos faz sofrer com a síndrome de pânico.

A concepção de que o estresse pode causar pânico faz com que nos submetamos a uma série de práticas que vão desde uma simples caminhada diária até as mais sofisticadas promessas de vida saudável. Academias de ginástica e, sobretudo, a indústria farmacológica se nutrem da promessa de nos mantermos eternamente saudáveis e livres do pânico. Entretanto, essa promessa não tem evitado que as pessoas sofram cada vez mais com a síndrome do pânico.